Eso Aquioo...

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Portinari, Cândido. Retirantes, 1944.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A Era dos Extremos, ou o longo século XX


Apesar da famosa referência (Militares do 28º regimento erguem bandeira norte-americana no alto do Monte Suribachi, na ilha japonesa de Iwo Jima (Foto: Joe Rosenthal/AP), datada da Segunda Guerra Mundial (SGM), foi ainda logo após a Primeira Guerra Mundial (PGM) que o mundo conheceu uma mudança nos rumos do comando político do planeta, pois anteriormente era a Inglaterra a fazer as vezes de superpotência, exibindo seu poderio econômico e militar. Uma expressão de seu imperialismo ficava evidente na frase conhecida como "The Empire on which the sun never sets", isto é, "O Império no qual o Sol nunca se põe" (tradução livre), fazendo referência aos países conquistados pelos ingleses mundo afora. Com o fim da PGM, em 1818, passam a ser os EUA a exercerem tal papel, e até hoje aí estão. Embora com esta última crise econômica (2009), é bom dizer, os americanos tenham perdido muito de seu poder de persuasão, economicamente falando. Militarmente, porém, permanecem imbatíveis.

3 comentários:

  1. Ah! Isso realmente foi uma postagem interessante! Mas tenho uma dúvida, caro amigo e professor: "O império no qual o sol nunca se põe" não seria uma referência mais antiga ao Império Espanhol de Felipe II?

    Muito obrigado e parabéns pela didática!

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  2. Outra questão: qual dos filmes de Clint Eastwood é o melhor: Cartas de Iwo Jima ou a Conquista da Honra? Acredito humildemente que o último é uma boa síntese do que a Guerra faz aos sobreviventes, ainda que envolta pela vitória. Por isso o destaque. É um tema raro e bem próprio à reflexão histórica...

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  3. Sim, meu caríssimo Maurinho! [RISOS!] Também se refere ao Império espanhol, posto que a frase foi apropriada pelos ingleses posteriormente. Outra coisa, minha filmografia anda meio capenga. Tenho de assistir a ambos os filmes citados por você antes de dar qualquer veredicto.

    (...)

    E, sim, o tema do pós-guerra, além de muito envolvente por si só, ainda explica muito daquilo que a sociedade americana veio a se tornar. A Revolução Cultural, o uso e abuso de drogas e sexo dos idos de 60, a meu ver, entra como expressão máxima disso, junto com o oposição à Guerra do Vietnã. O que se pode exigir de um cidadão cuja vida está por um fio?? Possivelmente eles pensaram: vencemos uma guerra pra combater outra? Estão até hoje condenados a "garantir" a pax romana [armada] mundo afora... E vemos no que tem dado!

    Obama não tem um Congresso dócil como o brasileiro. Para mudar radicalmente algumas políticas equivocadas da Era Bush Jr. ele precisaria de um amplo apoio de que ainda não goza - talvez nunca goze -, salvo em situações limítrofes como um 11/9. Assim, ainda confiando em que os ricos dos EUA ainda merecem uma segunda chance, após quase causarem um colapso econômico de dimensões haitianas, o Governo americano ainda lhes dá um cheque em branco. E a conta virá, acredite, cedo ou tarde.

    Agora dou uma de profeta: a meu ver, ao colapso, hoje ainda evitável, surgirá uma crise profunda de confiança nas instituições sacralizadas pelo Capital. Solução? Caminhamos para um Governo único, administrativa e politicamente. Quem viver, verá!

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