
Apesar da famosa referência (Militares do 28º regimento erguem bandeira norte-americana no alto do Monte Suribachi, na ilha japonesa de Iwo Jima (Foto: Joe Rosenthal/AP), datada da Segunda Guerra Mundial (SGM), foi ainda logo após a Primeira Guerra Mundial (PGM) que o mundo conheceu uma mudança nos rumos do comando político do planeta, pois anteriormente era a Inglaterra a fazer as vezes de superpotência, exibindo seu poderio econômico e militar. Uma expressão de seu imperialismo ficava evidente na frase conhecida como "The Empire on which the sun never sets", isto é, "O Império no qual o Sol nunca se põe" (tradução livre), fazendo referência aos países conquistados pelos ingleses mundo afora. Com o fim da PGM, em 1818, passam a ser os EUA a exercerem tal papel, e até hoje aí estão. Embora com esta última crise econômica (2009), é bom dizer, os americanos tenham perdido muito de seu poder de persuasão, economicamente falando. Militarmente, porém, permanecem imbatíveis.
Ah! Isso realmente foi uma postagem interessante! Mas tenho uma dúvida, caro amigo e professor: "O império no qual o sol nunca se põe" não seria uma referência mais antiga ao Império Espanhol de Felipe II?
ResponderExcluirMuito obrigado e parabéns pela didática!
Outra questão: qual dos filmes de Clint Eastwood é o melhor: Cartas de Iwo Jima ou a Conquista da Honra? Acredito humildemente que o último é uma boa síntese do que a Guerra faz aos sobreviventes, ainda que envolta pela vitória. Por isso o destaque. É um tema raro e bem próprio à reflexão histórica...
ResponderExcluirSim, meu caríssimo Maurinho! [RISOS!] Também se refere ao Império espanhol, posto que a frase foi apropriada pelos ingleses posteriormente. Outra coisa, minha filmografia anda meio capenga. Tenho de assistir a ambos os filmes citados por você antes de dar qualquer veredicto.
ResponderExcluir(...)
E, sim, o tema do pós-guerra, além de muito envolvente por si só, ainda explica muito daquilo que a sociedade americana veio a se tornar. A Revolução Cultural, o uso e abuso de drogas e sexo dos idos de 60, a meu ver, entra como expressão máxima disso, junto com o oposição à Guerra do Vietnã. O que se pode exigir de um cidadão cuja vida está por um fio?? Possivelmente eles pensaram: vencemos uma guerra pra combater outra? Estão até hoje condenados a "garantir" a pax romana [armada] mundo afora... E vemos no que tem dado!
Obama não tem um Congresso dócil como o brasileiro. Para mudar radicalmente algumas políticas equivocadas da Era Bush Jr. ele precisaria de um amplo apoio de que ainda não goza - talvez nunca goze -, salvo em situações limítrofes como um 11/9. Assim, ainda confiando em que os ricos dos EUA ainda merecem uma segunda chance, após quase causarem um colapso econômico de dimensões haitianas, o Governo americano ainda lhes dá um cheque em branco. E a conta virá, acredite, cedo ou tarde.
Agora dou uma de profeta: a meu ver, ao colapso, hoje ainda evitável, surgirá uma crise profunda de confiança nas instituições sacralizadas pelo Capital. Solução? Caminhamos para um Governo único, administrativa e politicamente. Quem viver, verá!